Ferroviário

  

Transporte Ferroviário Brasileiro

 

Atualmente, o Brasil conta com 29,8 mil quilômetros de ferrovias e apenas 25% do que é produzido nos campos chega aos portos por trilhos. Porém é preciso dobrar essa capacidade, para que as atuais demandas sejam atendidas, como aponta a Associação Nacional dos Transportes Ferroviários ( ANTF ). O Ministério dos Transportes tem atuado na expansão e aumento da capacidade do serviço, englobando o planejamento das ferrovias cargueiras e não a de passageiros, que se resume, quando se trata de longos percursos, à Estrada de Ferro Vitória Minas ( EFVM ) e Estrada de Ferro Carajás ( EFC ), que liga o Pará ao Maranhão.

 

Características do transporte ferroviário de carga no Brasil:

 

- Grande capacidade de carga;

- adequado para grandes distâncias;

- elevada eficiência energética;

- alto custo de implantação;

- baixo custo de transporte;

- baixo custo de manutenção;

- possui maior segurança em relação ao modal rodoviário, visto que ocorrem poucos acidentes, furtos e roubos;.

- transporte lento, devido às suas operações de carga e descarga;

- baixa flexibilidade com pequena extensão da malha;

- baixa integração entre os estados;

- pouco poluente.

 

Concessões Ferroviárias:

 

A inclusão da Rede Ferroviária Federal S.A. no Programa Nacional de Desestatização, através do Decreto n.º 473/92, propiciou o início da transferência de suas malhas para a iniciativa privada, durante um período de 30 anos, prorrogáveis por mais 30. Esse processo também resultou na liquidação da RFFSA, a partir de 07/12/99.

 

Em 28/06/97, o governo federal outorgou à Companhia Vale do Rio Doce – CVRD-, no processo de sua privatização, a exploração por 30 anos, prorrogáveis por mais 30, das Estradas de Ferro Vitória a Minas e Estrada de Ferro Carajás, utilizadas basicamente no transporte de minério dessa companhia.

 

tabela concessao ferrovia

Além das malhas da RFFSA e das estradas de ferro da Companhia Vale do Rio Doce, a ANTT é responsável pelas seguintes concessões:


Ferrovias Norte Brasil S.A - FERRONORTE

Estrada de Ferro Mineração Rio do Norte

Estrada de Ferro Jari

Estrada de Ferro Trombeta

Estrada de Ferro Votorantim

Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A - FERROESTE

 

Ferrovias de Integração

 

Ferrovia Norte-Sul – considerada a espinha dorsal da logística do país, foi concebida sob o propósito de ampliar e integrar o sistema ferroviário brasileiro. Quando totalmente concluída, terá a extensão de 4.155,6 km e cortará os estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


Ferrovia de Integração Oeste-Leste - A FIOL é uma alternativa de transporte econômico, eficaz e seguro, com pouco impacto ambiental, capaz de atender às necessidades das regiões produtoras de minério de ferro de Caetité e Tanhaçu, no Sul do Estado da Bahia, e às produtoras de grãos no Oeste da Bahia e no Sudeste do Tocantins. Quando concluído, o projeto terá 1.527 quilômetros de extensão.


Transnordestina - Um dos principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ferrovia irá otimizar o transporte de cargas no Nordeste, ligando o estado do Piauí aos portos de Suape (Pernambuco) e Pecém (Ceará), num total de 1.728 km. 

 

 

História das Ferrovias no Brasil:

 

O primeiro trem a circular no Brasil foi puxado por uma locomotiva chamada Baronesa. A data histórica de sua primeira viagem é o dia 30 de abril de 1854. Percorreu a distância de 14 Km, compreendida entre o Porto de Estrela, situado ao fundo da Baía da Guanabara e a localidade de Raiz da Serra, em direção à cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá (depois, Visconde), foi o responsável pela construção dessa ferrovia, por uma concessão dada pelo príncipe regente D. Pedro II. A ferrovia ficou conhecida por Estrada de Ferro Petrópolis ou Estrada de Ferro Mauá. A estação ferroviária localizada no Centro do Rio de Janeiro hoje leva o nome de Barão de Mauá.

Quando da Proclamação da República, em 1889, já existiam no Brasil cerca de dez mil quilômetros de ferrovias, mas foi no início do século 20 que se deu um grande passo no desenvolvimento das ferrovias, tendo sido construídos entre 1911 e 1916 mais cinco mil quilômetros de linhas férreas. A expansão ferroviária do início do século 20 trouxe então desenvolvimento econômico e social para inúmeros municípios do interior brasileiro, como Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul.

A Estrada de Ferro Central do Brasil foi um marco importante na história ferroviária brasileira. Ela era a única ferrovia verdadeiramente nacional, já que ligava entre si os três principais Estados do Brasil: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Esta interligação tinha um enorme movimento de pessoas e cargas, e foi importantíssima no escoamento da produção das jazidas de minério de ferro de Minas Gerais.

A locomotiva Carioquinha (apelidada de Charutão) foi construída pela General Electric. É semelhante às locomotivas GE U12B e GM G12, com a cabine de operações no meio da máquina

Em 30 de setembro de 1957 foi criada a Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), que unificou 42 ferrovias existentes mo Brasil, criando um sistema regional composto por 18 estradas de ferro.

A rede ferroviária é estendida por 25 mil quilômetros, alguns ramais já eletrificados, com ligações para Bolívia, Argentina e Uruguai.

É nessa época que surgem as primeiras locomotivas a diesel no Brasil.

Mas foi no governo do presidente Juscelino Kubitschek, que tomou posse  em 31 de janeiro de 1956 e governou até 31 de janeiro de 1961, que se deu o desaquecimento na construção de ferrovias, para dar ênfase à construção de rodovias, como a Belém-Brasília (Pará-Distrito Federal). O Plano de Metas do governo contemplava a implantação da indústria automobilística, com interesses também no desenvolvimento da indústria petrolífera e nos derivados de petróleo. A política que se seguiu nos governos militares não foi diferente, inclusive desativando estradas de ferro, ao invés de expandi-las.

Em 1996, as ferrovias são privatizadas e suas linhas divididas por várias empresas: América Latina Logística, Brasil Ferrovias, Companhia Ferroviária do Nordeste, Ferrovia Centro Atlântica, Ferrovia Teresa Cristina, MRS Logística e outras

 

Referências:

portalbrasil.net

transporte.gov.br

logisticabrasil.gov.br

cabana-on.com/brasil-artigos 

 

 

Mapa  do  Programa  de  Investimento  e  Logística  - PIL

FERROVIAS

 

Fonte: Logística Brasil 
 

 

Programa de Investimento em Logística ( PIL )

 

Ferrovias

 

Tem como objetivo ampliar a escala dos investimentos em infraestrutura rodoviária, ferroviária, hidroviária, portuária e aeroportuária no Brasil. Em linhas gerais, o Programa estabelece diretrizes, visando restabelecer o planejamento integrado dos transportes, de forma a implantar uma rede de infraestrutura de transporte moderna e eficiente, capaz de prover maior competitividade ao país, bem como fomentar o desenvolvimento econômico e social.

No que concerne ao modal ferroviário, o Programa busca ampliar a utilização do transporte ferroviário de carga, criar uma malha ferroviária moderna e integrada, aumentar a capacidade de transporte por ferrovias e diminuir os gargalos logísticos.

Adicionalmente, são premissas básicas do modelo: assegurar o direito de passagem, com vistas à integração das malhas das concessões existentes e novas; aprimorar a concorrência no modelo de operador verticalizado; adotar o modelo de licitação por outorga ou compartilhamento de investimento; e usar o procedimento de manifestação de interesse para desenvolver os estudos de viabilidade.

 

Concessões Ferroviárias:

 

Trechos previstos no PIL

 

- Ferrovia Porto Nacional - Estrela D'Oeste

- Ferrovia Anápolis - Corinto (PMI - ESTUDOS EM ELABORAÇÃO)

- Ferrovia Belo Horizonte - Guanambi (PMI - ESTUDOS EM ELABORAÇÃO)

- Ferrovia Açailândia - Barcarena (Porto de Vila do Conde) (PMI - ESTUDOS EM ELABORAÇÃO)

- Ferrovia Sinop - Miritituba (PMI - ESTUDOS EM ELABORAÇÃO)

- Ferrovia Sapezal - Porto Velho(PMI - ESTUDOS EM ELABORAÇÃO)

- Ferrovia Estrela D’Oeste - Dourados (PMI - ESTUDOS EM ELABORAÇÃO)

- Ferrovia Corinto - Campos

- Ferrovia Maracaju - Eng Bley - Paranaguá

- Ferrovia Salvador - Recife

- Ferrovia Lucas do Rio Verde - Campinorte

- Ferroanel de São Paulo

- Ferrovia Rio de Janeiro - Campos - Vitória

- Ferrovia São Paulo - Rio Grande

 

Referência:

 Logisticabrasil.gov.br